O YouTube já faz parte da sua rotina, certo? Seja para ouvir música, acompanhar canais com informações relevantes ou até mesmo fazer pesquisas (ele já é o segundo maior motor de busca depois, claro, do Google), aposto que você abre o app ou o site com frequência!
E não é só você. Um relatório recente do YouTube mostra que 95% da população brasileira online acessa a plataforma, pelo menos uma vez ao mês, e mostra que entre pessoas de 18 e 49 anos a audiência da plataforma é maior que a da TV a cabo.
São muitos os dados que comprovam a relevância do YouTube para os usuários e, claro, para quem quer fazer dele mais uma peça da sua estratégia de marketing.
Já deu para perceber que esse é um ótimo lugar para divulgar seu curso online, não é mesmo? Ainda mais quando lembramos de um dos fatores responsáveis pelo crescimento vertiginoso do YouTube: a identificação.
No YouTube, você encontra pessoas reais, com histórias reais, e isso é muito poderoso quando falamos de relacionamento com o prospect. Especialmente para quem divulga cursos online, onde despertar a empatia do público é fundamental para converter mais!
Ok, que o YouTube é importante para uma boa estratégia de divulgação você já entendeu, mas… como começar a explorar o YouTube da maneira certa?
A plataforma é cheia de especificidades que podem até assustar em um primeiro momento, mas eu vou ajudar você com esse artigo, onde vou mostrar um apanhado geral bem didático do que e como fazer e, ao final, você estará pronto para upar seus primeiros vídeos.
Antes de começar, uma dica: coloque este artigo na sua aba de favoritos, ele será valioso para tirar as suas principais dúvidas!
Então, vamos lá! E já vamos começar encarando o “monstro”.
As especificações técnicas do YouTube
Ter o vídeo dentro das especificações recomendadas pela plataforma é importantíssimo para que seu conteúdo seja bem ranqueado. E também porque não adianta de nada ter um ótimo roteiro, uma edição impecável e ser “sabotado” por um arquivo no formato errado!
Diretrizes de vídeo
Proporção
Independentemente do tamanho do vídeo, o YouTube sempre irá enquadrá-lo para que seja exibido sem distorções. Mas isso não quer dizer que o vídeo estará perfeito.
Sabe quando se filma com o celular na vertical e, na reprodução do YouTube, a imagem fica centralizada e com duas barras laterais enormes preenchendo a tela? Isso pode acontecer se você não adequar a proporção dos seus vídeos.
A proporção recomendada para que não haja a inclusão de bordas ou qualquer modificação da exibição é de 16:9 em computadores.
Formato do arquivo
Dê preferência ao formato de transmissão original, 1080p HD, que você tem na sua biblioteca, mas também são aceitos arquivos MPEG-2, MPEG-4, .MOV, .MP4, .WMV, .FLV e .AVI.
Resolução
Embora não tenha uma resolução mínima para o conteúdo, o YouTube tem preferências por vídeos em alta resolução: 1280×720 para vídeos com proporção de 16:9 é a recomendada.
Frame rate
Esses são os famosos “quadros por segundo”. Para o YouTube, é recomendada a configuração a 24, 25 ou 30fps (“frames por segundo”).
Diretrizes de texto
As legendas podem ser incluídas pelo próprio usuário ou fornecidas de maneira automática pelo YouTube. Embora pareça tentador deixar as legendas por conta da plataforma, essa pode não ser uma boa maneira de utilizá-las. Afinal, as legendas podem ficar dessincronizadas e cheias de erros de gramática ou digitação.
Então, na hora de subir seu vídeo, dê uma atenção especial a essa parte e pense que nem todo mundo que pode ver, pode ouvir!
Aqui, não há muita regra quanto a formatos, tamanho ou tipo de arquivo, que já são oferecidos pela plataforma no momento de inserir a legenda, mas é importante que você se atente à elas para não perder a chance de otimizar ainda mais o seu conteúdo, permitindo que todos ― incluindo os robôs da plataforma ― tenham acesso às informações.
E, por falar em texto, chegou a hora de falarmos de um tópico que pouca gente leva em consideração no formato de vídeo: o SEO!
Práticas de SEO também se aplicam ao YouTube!
O SEO é um conjunto de técnicas de otimização que buscam colocar o seu conteúdo de forma orgânica ― ou seja, não paga ― no topo dos resultados de pesquisa. Normalmente, vemos essas técnicas bastante aplicadas em conteúdos escritos, como blogposts, e-books, etc, mas elas também devem ser utilizadas no Youtube.
E, se bem aplicadas, irão ranquear o seu vídeo não apenas no YouTube, mas também no Google. Quando você pesquisa alguma coisa, já percebeu que o Google pode te mostrar em primeiro lugar alguns vídeos do YouTube? Então, o seu pode ser um deles.
Separei algumas dicas que vão te ajudar a otimizar o seu conteúdo.
Palavra-chave
Todo trabalho em SEO começa pela definição da palavra-chave. Para escolher a melhor para o seu vídeo, pesquise por ela na ferramenta e veja o volume de buscas.
Depois disso, é legal fazer a busca por essa palavra-chave no Google Trends para ver a evolução das pesquisas relacionadas. Aqui você pode ter alguns insights interessantes, já que o Trends sugere outros tópicos relacionados que também estão em alta.
Para aumentar as chances de ranquear tanto no YouTube quanto no Google, procure por palavras-chave que já tenham vídeos como primeiros resultados na pesquisa do Google.
A palavra-chave deve resumir o seu conteúdo, por isso sua definição deve ser muito bem pensada, uma vez que outras otimizações serão feitas em cima dela.
Thumbnail
Nada mais é que a capa do seu vídeo. Grandes especialistas em otimização para YouTube afirmam que esse é o elemento mais importante para o SEO, mais até que o próprio título!
Para definir uma thumbnail certeira, leve em conta essas diretrizes:
- é a capa que chama atenção para o seu vídeo, mas isso não significa colocar qualquer imagem muito colorida. Você precisa chamar atenção pela composição, pela integração dos elementos. Escolha uma imagem em close-up, seja um frame do vídeo ou uma capa desenvolvida especialmente para ele, que transmita o conceito do seu vídeo;
- para o texto da capa, se atenha a duas ou três palavras, no máximo (se uma delas for a sua palavra-chave, melhor ainda!)! Posicione-o à esquerda para ter melhor leitura em dispositivos móveis.
Título
Em qualquer material de marketing, o título tem extrema importância. É um contato rápido com o leitor que deve ser forte o suficiente para despertar a atenção e fazê-lo seguir com a leitura (ou visualização).
Ele tem uma função muito clara: mostrar aos mecanismos de busca o conteúdo do seu vídeo. Portanto, seja coeso e direto, nada de títulos polêmicos ou sensacionalistas, os famosos “caça-cliques” ― e só prometa o que pode cumprir!
O título deve ter entre 40 e 55 caracteres e, claro, sua palavra-chave deve constar nele!
Tags
Elas são uma “segunda palavra-chave” e tratam de temas que podem estar relacionados ao seu vídeo. A tentação de sair “taggeando” é grande, afinal, quanto mais tags mais chances de o vídeo ser encontrado, certo? Errado!
Os mecanismos de busca são bem inteligentes e não é tão fácil assim burlar as regras. Para garantir a qualidade do conteúdo, o YouTube só reconhece 7 tags.
Uma forma de buscar os cliques vindos das tags é pesquisar a sua palavra-chave e ver quais os primeiros colocados utilizam. Escolha as 3 principais e utilize as mesmas.
Tenha ainda uma tag única, que você usará em TODOS os vídeos. Desta forma, você consegue com que o YouTube mostre apenas os seus vídeos na seção “vídeos relacionados”.
Descrição do vídeo
Infelizmente, esse é um dos tópicos mais ignorados por quem posta vídeos no YouTube. Quer dizer, felizmente para você que vai aprender como otimizar esse campo para ranquear melhor!
É verdade que o YouTube tem as imagens como principal apelo e pouca gente se atém à descrição do vídeo, mas a sacada aqui está com os robôs: como eles não conseguem “ler” o conteúdo audiovisual, escaneiam tudo que podem.
Usar uma descrição de, no mínimo, 250 palavras, com bom uso da palavra-chave, ajuda eles a entenderem do que o seu vídeo se trata e, claro, irão dar preferência a ranquear o seu no lugar de um com o mesmo assunto, mas sem descrição.
Na sua descrição, as três primeiras linhas têm um papel fundamental: são elas que aparecem antes do link “ver mais” e precisam passar sua mensagem, considerando que nem todo mundo irá clicar nele.
Posicione a palavra-chave logo no começo, faça um esforço para que ela apareça entre as 25 primeiras palavras da descrição.
Ah! Não posso deixar de falar sobre algo que chamamos de keyword stuffing! Essa é a “técnica” de colocar a palavra-chave de forma excessiva no texto a fim de ranquear melhor o conteúdo. Preciso avisá-lo que esse pode ser um grande tiro no pé.
Como eu disse antes, os robôs são inteligentes e sacam logo que você está tentando forçar o uso da palavra-chave. Então, além de não melhorar o seu ranqueamento, eles ainda irão puni-lo diminuindo o seu alcance.
É claro que as práticas de SEO não param por aqui, mas seria impossível trazer todas em um único texto (até porque elas somam mais de 200 e nem todas são confirmadas pelo Google!), mas essas pequenas otimizações podem fazer com que o seu vídeo já alcance um melhor resultado!
Fique de olho nos direitos autorais
O YouTube não tem piedade com quem não respeita as regras de direitos autorais!
Usar aquela trilha que parece ter sido escrita para se encaixar no contexto do seu vídeo pode não ser uma boa ideia se ela estiver na lista de sons com direitos autorais.
O problema aqui é: como saber qual pode e qual não pode ser usada? Caso você não consiga comprar áudios para reprodução, o melhor mesmo é se guiar pela biblioteca com sons e músicas de uso liberado.
Caso o YouTube pegue você usando a trilha que não deveria, você será notificado e, após a terceira notificação, você pode ter o seu vídeo retirado do ar ou o seu canal banido da plataforma. Então, melhor não arriscar!
Boas práticas de comunicação
Agora que já falamos dos aspectos técnicos, chegou a hora de dar uma mãozinha para quem ainda se sente inseguro diante da câmera (e eu sei que não são poucos!).
É natural ter um pouquinho de vergonha ou engasgar nas primeiras produções. Mas acredite em mim, isso muda com o tempo e logo você estará super confortável em frente à câmera!
Mas falemos um pouco sobre o trabalho que acontece por trás dela. Começando pela peça que vai guiar o seu trabalho de produção.
Roteiro
Nada de “uma ideia na cabeça e uma câmera na mão”. O primeiro passo é colocar as ideias no papel. Faça um roteiro onde você consiga abordar o tema com começo, meio e fim, não correndo o risco de se perder durante a fala.
Lembra que falamos sobre legendas lá no começo do texto? Aqui elas têm um papel interessante: escreva o seu roteiro pensando onde irá inserir a palavra-chave na sua fala e transcreva o vídeo depois. Como os robôs leem tudo que podem, a sua legenda vai dar uma ajudinha no ranqueamento.
Produção
Não é porque você vai gravar onde quiser que um pouquinho de produção não seja necessária! Confira sempre o ambiente onde irá gravar e evite bagunça ao fundo ou aquela caneca esquecida na mesa.
Nessa etapa você também precisa definir a roupa que usará, se irá precisar de outros materiais, como notebook, quadros, etc. Aqui você tem a chance de trabalhar a sua imagem e escolher como será visto pela audiência.
A câmera só será ligada quando estiver tudo certo!
Edição
Existem vários cursos online que podem dar uma ajuda na hora de editar seus vídeos. O importante é que você saiba que não precisa de nenhum grande truque ou uma pós-produção hollywoodiana para ter um bom vídeo.
Não tem o menor problema ser simples, mas é importante que você tenha uma edição bem feita!
Bom, se você acompanhou até aqui, provavelmente não se arrependeu de ter colocado este artigo na aba de favoritos, como sugeri lá no começo!
Mesmo que seja um apanhado geral, aqui você encontra um bom resumo das melhores práticas para YouTube.
E aí, seguro para escrever seu primeiro roteiro e começar a divulgar seu curso online? Se ainda restou (ou surgiu!) alguma dúvida, é só falar comigo que terei o maior prazer em te ajudar!